Quantos dígitos tem o número do RG?

Não existe um padrão para a quantidade de dígitos em um número de RG. Isso acontece por um motivo bem simples: como pela lei brasileira cada estado pode emitir RG e possuir diferentes órgãos expedidores do documento, não existe algo fixo.

O fato do Brasil ser um país de proporção continental e com 26 estados e um Distrito Federal causa ainda mais confusão nesse sentido, porque teoricamente você pode ter um número de RG de cada estado, ou seja, até 27 RGs diferentes! Por isso, o governo federal fica engessado em relação a essa situação, isto é, propor um projeto de lei para unificar a quantidade de dígitos de um número de RG poderia ser interpretado como um ataque a autonomia dos estados. Complicado, não?

No entanto, o mais comum é ter RGs compostos por 8 números e um dígito de confirmação. De acordo com o professor José Luiz Pastore Mello^[2],

No caso do nosso RG, o cálculo do dígito de controle começa com a soma do produto do último algarismo por 9 com o produto do penúltimo por 8 e assim sucessivamente até o primeiro algarismo. Para descobrir o dígito de controle do seu RG, basta procurar um número entre 0 e 10 que, multiplicado por 100 e acrescido à soma feita inicialmente, dará resto 0 na divisão por 11. Por exemplo, um RG número 3.021.415 terá dígito de controle igual a 4 porque (5.9+1.8+4.7+1.6+2.5+0.4+3.3 +100.4) dividido por 11 resulta resto 0. Pode-se demonstrar matematicamente que qualquer número de RG que seja digitado incorretamente por um erro singular ou de transposição causará uma incompatibilidade com o dígito de controle não resultando resto zero na divisão por 11. [...] pegue o seu RG e confira se o dígito de controle foi calculado corretamente (se o RG indica dígito de controle X, interprete isso como 10).

Dica: dê uma olhada em nosso artigo sobre "Perdi meu RG, preciso fazer boletim de ocorrência?". Lá respondemos diversas dúvidas ligadas à perda desse documento.

Na identidade antiga, o número de RG fica localizado no verso (atrás de onde está sua foto e sua digital) no campo chamado "Registro Geral". Nesse mesmo local também é possível encontrar outras informações pessoais como filiação, data de nascimento, local onde nasceu, entre outros.

No novo modelo de identidade, o RG também fica no verso e no campo de "Registro Geral". A diferença é que o documento agora fica muito mais completo! Veja o que você pode acrescentar a sua nova carteira de identidade, de acordo com a lei^[3]:

Art. 8º Será incluído na Carteira de Identidade, mediante requerimento:

I - o número do DNI;

II - o Número de Identificação Social - NIS, o número no Programa de Integração Social - PIS ou o número no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PASEP;

III - o número do Cartão Nacional de Saúde;

IV - o número do Título de Eleitor;

V - o número do documento de identidade profissional expedido por órgão ou entidade legalmente autorizado;

VI - o número da Carteira de Trabalho e Previdência Social;

VII - o número da Carteira Nacional de Habilitação;

VIII - o número do Certificado Militar;

IX - o tipo sanguíneo e o fator Rh;

X - as condições específicas de saúde cuja divulgação possa contribuir para preservar a saúde ou salvar a vida do titular; e

XI - o nome social.

Lembramos que a inclusão desses dados é opcional e, caso o requerente queira incluí-los, precisará confirmar a veracidade deles.

Imagem: Reprodução/opovo.com.br

Tanto na identidade antiga quanto no novo modelo de identidade, o órgão emissor fica situado na parte frontal (onde fica sua foto e digital), logo abaixo do nome do estado brasileiro onde você requisitou o documento. Confira na foto abaixo!

Para saber mais sobre esse assunto, confira nosso artigo sobre como saber o órgão expedidor do RG.

Imagem: Reprodução/viacarreira.com

Pela lei brasileira, os documentos de RG não possuem prazo de validade. Contudo, alguns estados requerem que o cidadão renove sua carteira de identidade após completar 18 anos de idade, por exemplo (como é o caso do Rio de Janeiro).

Outras hipóteses de ter seu RG negado mesmo não havendo legalmente um prazo para que ele seja considerado expirado são rasura (quando o documento já está muito gasto, não se pode ler as informações direito, alguém escreveu na sua carteira de identidade, etc) ou desatualização (quando não é possível identificar pela foto do RG que você é você - caso muito comum entre quem faz a carteira de identidade ainda criança e continua usando até a idade adulta).

Nesses casos, o melhor a se fazer é solicitar logo uma segunda via. Busque o órgão expedidor do seu estado e se poupe de dores de cabeça futuras!

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