Calcular a taxa de juro

Qual é a diferença entre juro real e juro nominal

Redação umCOMO
Por Redação umCOMO. Atualizado: 16 janeiro 2017
Qual é a diferença entre juro real e juro nominal

Conhecer como funcionam as taxas de juro, é um dado essencial quando queremos pedir um empréstimo, hipoteca ou um crédito ao banco. Inclusive quando depositamos nosso dinheiro em um banco, nos oferecem a possibilidade de obter uma taxa de juro por tê-lo depositado. Mas não existe uma taxa de juro geral, mas sim duas taxas de juro, o nominal e o real, que flutuam entre eles. Para ajudar a compreendê-los, em umComo.com.br explicamos a diferença entre a taxa de juro real e a taxa de juro nominal.

Fotografia: gurusblog.com

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Índice

  1. Taxa de juro nominal
  2. Taxa de juro real
  3. Consequência destas diferenças

Taxa de juro nominal

A taxa de juro nominal é a porcentagem que é paga em conceito de juros sobre uma quantidade de dinheiro acordada, sem levar em conta outras despesas de qualquer tipo. Vamos dar um simples exemplo numérico que nos ajude a compreender:

Se deixamos R$ 100 para um amigo e vamos cobrar um juro nominal de 3%, este deverá nos devolver R$ 3 em termos de juros e R$ 100 no que diz respeito ao empréstimo.

Isto é, é um tipo de juros bruto sobre uma quantia de dinheiro, aplica-se sobre tal quantia sem considerar outra coisa. Este pode ser pago em cada quota, ou no final da devolução do empréstimo, há várias formas que ficarão determinadas entre o credor e o devedor.

Taxa de juro real

A taxa de juro real é aquele rendimento líquido que obtemos sobre a cessão de uma quantia de dinheiro, uma vez que tenhamos corrigido os efeitos da inflação. Isto é, quando realizamos um empréstimo, essa quantia de dinheiro não tem o mesmo valor no momento presente e no futuro quando for devolvida, isto é devido à perda do valor do dinheiro por efeito da inflação. Isto é, com uma quantidade de dinheiro dada, não podemos comprar a mesma quantidade de bens hoje, do que dentro de 5 anos.

Por isso, muitos credores exigem em seus empréstimos uma taxa de juro real, para se assegurar de que no futuro vão obter um benefício. Para calcular o juro real, devemos subtrair a taxa de inflação do juro nominal.

Voltemos ao exemplo anterior: Deixamos ao nosso amigo R$ 100 de novo, com uma taxa de juro nominal de 3%. No ano seguinte, quando devolver o empréstimo, a inflação ocorrida foi de 2%. Isto quer dizer que, ainda que tenhamos aplicado um juro nominal de 3%, e a devolução de R$ 103, a taxa de juro real que aplicamos foi 1%, já que o principal do empréstimo (R$ 100) tem menos valor no ano seguinte, pelo efeito inflacionário.

Consequência destas diferenças

  • Àqueles que emprestam dinheiro, convém fazer um contrato com uma taxa de juro real fixado de antemão, para assegurar um benefício independentemente da inflação.
  • Aqueles que pedem dinheiro emprestado, convém fazer um contrato com uma taxa de juro nominal e que a inflação seja alta, já que assim, a taxa de juro real que têm de devolver será menor.
  • A taxa de juro real, como seu próprio nome indica, é mais realista e se ajusta melhor à evolução real da economia.
  • Como não conhecemos a evolução futura da inflação, se o empréstimo for feito com um juro nominal, não saberemos realmente até ao momento de devolvê-lo, qual é o juro real que temos pago.
  • Se nos encontrarmos em um meio de deflação, o dinheiro no futuro valerá mais que agora, pelo que a teoria anterior se inverteria. No entanto, não costumam existir situações deflacionárias na vida real.

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